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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Luciano Huck se opõe a bolsonaristas e diz que Lei Áurea foi 'abolição apenas cartorial da escravidão'

Apresentador e presidenciável afirma que sonha com sociedade mais justa e que data não deve ser comemorada

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O apresentador e presidenciável Luciano Huck publicou mensagem em suas redes sociais em que critica a celebração do 13 de maio, dia em que a Lei Áurea completa 132 anos.

Sérgio Camargo, escolhido por Jair Bolsonaro como presidente da Fundação Palmares, tem utilizado o site da instituição para comemorar a data, exaltar a princesa Isabel e dirigir ataques à memória de Zumbi dos Palmares. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, elogiou Camargo em suas redes sociais nesta quarta-feira (13).

Há anos os movimentos negros comemoram o dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi e Dia da Consciência Negra.

A celebração do 13 de maio é criticada por movimentos negros por não ter implicado em libertação de fato da população negra, que não teve oportunidades de inserção social na sequência da abolição.

Além disso, ao colocar em relevo a figura da monarca, diminui a participação de outros personagens da luta pelo fim da escravidão.

"No dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a chamada Lei Áurea. Uma abolição apenas cartorial da escravidão. Pois não significou liberdade pra negras e negros, que permaneceram sem acesso à cidadania plena com o ato imperial", escreveu Huck.

"A verdade é que o Estado brasileiro não tomou então medidas pra integração dos ex-escravos, expondo brasileiras e brasileiros à fome, miséria e exclusão social. Não é uma data, portanto, de celebração. É um dia de protesto por terem sido negras e negros largados à própria sorte depois de três séculos de escravidão. É também uma lembrança da nossa cruel herança escravocrata, que não pode jamais ser esquecida ou acobertada pelo mito da democracia racial", continuou o apresentador.

"Por amor ao Brasil, espero que algum dia a gente amanheça num 13 de maio e olhe em volta enxergando uma sociedade mais justa e igualitária social e racialmente. Por enquanto, nada há pra agradecer nesta data", concluiu.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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