O conselho gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública aprovou nesta quinta-feira (30) a destinação de R$ 96 milhões para um projeto da Polícia Federal que vai reunir em um só lugar informações criminais de todo o país. O processo agora segue para o ministro da Justiça André Mendonça, que precisa homologar a decisão do órgão.
Atualmente, 27 bancos de dados estão em poder dos estados e não se comunicam. Apenas alguns deles estão interligados com o da PF, o que dificulta o trabalho de identificação de autorias de crimes.
"Vamos ganhar uma base nacional extremamente importante para diversos quesitos. Não só criminal. As pessoas falsificam muitos documentos, por exemplo. Hoje o Brasil não tem esse recurso. A gente caminha para ter um sistema nacional. Se no criminal é importante, imagine no que mais. Fraudes em benefícios, por exemplo, que temos visto. Se tiver um sistema que permita checar e validar a existência das pessoas", diz o presidente do colégio de secretários estaduais, Cristiano Sampaio.
Atualmente a PF trabalha com uma base que conta com cerca de 23 milhões de pessoas cadastradas (alimentada por passaportes, crimes, registros de armas etc). O novo sistema permite chegar até 200 milhões, ou seja, toda a população brasileira.
Chamado Abis (Automated Biometric Identification System), o projeto foi levado pela Polícia Federal à Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), do Ministério da Justiça, que encampou a ideia.
Com Mariana Carneiro, Guilherme Seto e Nathalia Garcia
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