A Brasil Paralelo, produtora de vídeos predileta do bolsonarismo, gastou R$ 319 mil em anúncios no Facebook entre agosto e setembro. Muitos deles são apelos por assinaturas, para não deixar a empresa morrer.
As produções têm centenas de milhares de visualizações e recebem menções elogiosas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus filhos e aliados, como Olavo de Carvalho. Já trataram do golpe de 1964, educação e pandemia, por exemplo, sempre com viés conservador.
"Quanto mais pessoas pagam a assinatura da Brasil Paralelo e se tornam membros, mais a gente converte o dinheiro em comunicação e propaganda dos nossos documentários", diz Lucas Ferrugem, um dos sócios. "O membro tem acesso a uma série de benefícios, como cursos, e isso financia a divulgação dos documentários. É um ciclo positivo", completa.
Ele diz que a produtora, que começou modestamente no RS, tem hoje cerca de 115 mil membros, com planos de R$ 10 ou R$ 49 mensais. A meta é chegar a 1 milhão até 2022. A empresa diz ser apartidária e não receber dinheiro público.
Nesta semana, o Facebook passou a disponibilizar no Brasil um relatório que mostra dados mais detalhados a respeito de publicidade sobre política e eleições na plataforma e no Instagram. É possível visualizar o total de gastos por anunciante sobre esses temas.
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