Em audiência com deputados da oposição na terça-feira (22), presidentes de clubes de futebol que pressionam pela votação da MP do Mandante na Câmara concordaram que o fim da mediação dos sindicatos no repasse do direito de arena (5% sobre o valor total arrecado com a exploração de imagem) para os jogadores é negativo para todos os envolvidos.
Os próprios clubes disseram não ter interesse em administrar os valores e devem defender, portanto, que essa distribuição continue a ser feita pelos sindicatos. O antagonismo de Jair Bolsonaro com as entidades sindicais já se arrasta pelo menos desde as eleições.
Participaram do encontro representantes de Flamengo, Vasco, Athletico-PR, Coritiba, Vitória, Náutico, Palmeiras, Fortaleza, Ceará e Bahia, que falaram com os deputados André Figueiredo (PDT-CE), líder da oposição, Afonso Motta (PDT-RS), Elias Vaz (PSB-GO) e Paulo Teixeira (PT-SP).
Como mostrou a Folha, os presidentes de clubes deram início a uma investida em Brasília para tentar fazer com que a medida provisória seja votada.
Nos últimos dias, os presidentes de clubes procuraram deputados de seus estados para falar sobre a proposta que dá aos clubes mandantes o direito de negociar os direitos de transmissão. No entanto, a MP caduca no dia 15 de outubro e até o momento não teve relator nomeado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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