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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Fora de capitais e coadjuvante em cidades-chave, PT tenta entoar discurso de que não sai derrotado da eleição

Presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirma que legenda se recolocou em disputas relevantes e foi à final em mais municípios neste ano do que em 2016

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Fora das capitais, derrotado em 11 das 15 cidades no segundo turno, com menos de 40% dos votos em seis delas, coadjuvante em locais-chave (como São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza), o PT tenta entoar o discurso de que não fracassou na eleição. Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, afirma que a legenda se recolocou em disputas relevantes e foi à final em mais municípios neste ano do que no pleito passado —foram 7 no segundo turno de 2016. Para ela, ainda há efeito da onda anti-PT, com ataques que agora foram usados até por antigos aliados. Lula, por ora, silenciou.

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em evento comemorativo aos 40 anos do PT, em fevereiro
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em evento comemorativo dos 40 anos do PT, em fevereiro - DANIEL RAMALHO / AFP

Gleisi faz duras críticas ao PSB, a quem acusa de ter “adotado métodos da extrema direita” para atacar Marília Arraes. “Marília sai politicamente vitoriosa, embora não eleitoralmente”. Gleisi e José Guimarães (PT-CE) foram os principais defensores da candidatura própria em Recife.

Para Alexandre Padilha (PT-SP), o apoio petista foi determinante em cidades como Porto Alegre, onde Manuela D’Avila (PC do B) se beneficiou do fato de ter sido a vice de Fernando Haddad, em 2018. Ela saiu na frente nas pesquisas, mas acabou derrotada. "Em capitais onde o PSOL também chegou bem, como em SP e em Belém, é graças a uma história ligada ao petismo", diz. “O sentimento é de animação, não de euforia”, afirma.

O líder do PT na Câmara, Ênio Verri (PT-PR), admite que o resultado efetivo, de só 4 vitórias, “é pouco” e que ele esperava mais. Em sua avaliação, porém, a esquerda sai vitaminada, com vitórias como em Maceió (PSB), Recife (PSB), Fortaleza (PDT) e Belém (PSOL), mostrando-se capaz de competir com Bolsonaro em 2022, desde que unida.

Petistas viram no ato de Flávio Dino (PC do B-MA), neste domingo (29), o início de uma via de reconciliação, após o racha em Recife. O governador apoiou João Campos (PSB), rival do PT, mas foi votar com a camisa estampada de “Lula Livre”. O ato também foi motivo de crítica.

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