Após reunião com representantes do governo de Goiás na quinta (4), o MPF no estado publicou uma nota em que diz que a gestão Ronaldo Caiado (DEM) se comprometeu a revisar seus protocolos de atendimento para Covid-19.
Como o MPF-GO tem divulgado nos últimos dias nota técnica que defende cloroquina, médicos que defendem esses remédios sem eficácia passaram a comemorar a suposta adoção do “tratamento precoce” em Goiás.
A secretaria de Saúde nega enfaticamente, no entanto. “Em nenhum momento foi falado de atualização incluindo uso de medicamento que não tem nenhum tipo de validação científica e que tem contraindicação pela Sociedade Brasileira de Infectologia”, diz Ismael Alexandrino, titular da pasta.
Ronaldo Caiado (DEM-GO) diz que o uso de medicamentos sem eficácia tem aumentado o número de pacientes que chegam com rins e fígado comprometidos, além de arritmia cardíaca.
O governador rebateu a ideia do procurador Ailton Benedito.
“É melhor sugerir o uso de chá de raiz de fedegoso. Tem o mesmo efeito no combate à Covid-19 –nenhum–, mas pelo menos não causa esses efeitos colaterais graves”, ironizou.
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