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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Bolsonaro se irritou e reclamou de ter sido chamado de genocida, diz prefeito de Guaratinguetá

Soliva (PSC) afirma que presidente exagerou nas palavras; Bolsonaro mandou repórter calar a boca e tirou máscara

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O prefeito de Guaratinguetá (SP), Marcus Soliva (PSC), que recebeu Jair Bolsonaro e esteve ao seu lado durante mais um ataque de fúria contra uma jornalista nesta segunda (21), diz que o presidente mostrou-se irritado desde o início da visita porque foi chamado de “genocida” por manifestantes logo que desceu do carro.

O xingamento remete às falhas de Bolsonaro na condução da pandemia no Brasil, investigadas na CPI da Covid, e foi bastante repetido no sábado (19), durante os atos críticos a ele espalhados pelo país.

"Ele veio fazer essa visita técnica ao hospital de campanha, uma UPA nível 3, e quando desceu do veículo já tinha algumas pessoas, aquela torcida a favor e contra, o pessoal pró-Bolsonaro e a turma que é contra, e começaram a gritar palavras ofensivas ao presidente e ele já se irritou ali, já entrou irritado", diz Soliva.

O presidente Jair Bolsonaro tira máscara durante entrevista a uma repórter de afiliada da TV Globo em Guaratinguetá (SP) nesta segunda-feira (21)
O presidente Jair Bolsonaro tira máscara durante entrevista a uma repórter de afiliada da TV Globo em Guaratinguetá (SP) nesta segunda-feira (21) - Reprodução

“Ele acabou se irritando, ficou mais irritado, e até houve uma situação constrangedora perto das pessoas que lá estavam. Mas isso aí a gente já sabe o temperamento do presidente, ele fica nervoso, irritado, e acaba até exagerando nas palavras”, continua.

De acordo com o prefeito, Bolsonaro reclamou por ter sido ofendido, em sua visão por causa de política, enquanto investe muito em saúde, e citou valores colocados na Santa Casa de Guaratinguetá, R$ 15 milhões.

Soliva aparece ao lado do presidente enquanto ele manda a repórter calar a boca, diz que a Globo é uma merda e tira a máscara do rosto para afrontá-la.

O prefeito afirma que a cidade foi a primeira do estado a implementar o uso obrigatório de máscara e não será a primeira a aboli-la, mas que não multará Bolsonaro.

Soliva diz acreditar que o presidente tirou a proteção por irritação e logo colocou de volta, e acrescenta que não estão autuando as pessoas em Guaratinguetá, mas instruindo a usar máscaras.

Sobre o ataque, o prefeito diz que o presidente da República é dono dos seus atos, mas que a vontade era de pedir calma a ele. “Mas é a personalidade dele, é difícil acalmar uma pessoa irritada”, completa.

"Ele estava alterado no posicionamento dele e acabou realmente criando essa situação que virou um bate-boca de a reportagem não ter focado no motivo da visita dele ali", afirma Soliva.

Por fim, o prefeito diz que não tem do que reclamar em relação à ajuda do governo federal no enfrentamento à pandemia. "O que a gente vem recebendo tem nos dado condição de atender a população da melhor forma. Os dois governos, tanto federal como estadual, têm contribuído", conclui.

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