Ricardo Salles (Meio Ambiente) entregou seu celular à Polícia Federal, mas não forneceu a senha do aparelho, o que dificulta o acesso de investigadores. Alvo da Akuanduba, o ministro de Jair Bolsonaro não foi encontrado nos endereços citados no dia da deflagração da operação, em 19 de maio, e, por isso, não teve o celular apreendido. Dezenove dias depois, sob pressão, Salles entregou por conta própria seu telefone à PF. A defesa alegou que o celular não tinha sido requerido na data da diligência.
Salles, ou qualquer outro investigado, não tem obrigação de entregar a senha do celular para a polícia. A Constituição não obriga qualquer pessoa a produzir provas contra si. A postura do alvo, porém, é levada em consideração na apuração. Procurado pelo Painel, o ministro não se manifestou.
Autorizada por Alexandre de Moraes, do STF, a operação mira suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior.
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