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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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PSOL pede cassação de vereador que se referiu a Pitta como 'negro de alma branca' na Câmara de SP

Fala de Arnaldo Faria de Sá foi seguida de repúdio de diversos vereadores de todas esferas políticas

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A vereadora Luana Alves, líder do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, protocolou representação na corregedoria da Casa pedindo a cassação do vereador Arnaldo Faria de Sá (PP), que na segunda-feira (12) se referiu ao ex-prefeito Celso Pitta como "negro de alma branca" e gerou indignação dos colegas.

Na peça, a vereadora argumenta que Sá incorreu no crime de racismo ao ofender a dignidade das pessoas negras. Com base no regimento interno da Câmara, diz que o vereador cometeu quebra de decoro, que é passível de punição com a cassação do mandato.

Celso Pitta com o então secretário de Governo Arnaldo Faria de Sá, no ano 2000
Celso Pitta com o então secretário de Governo Arnaldo Faria de Sá, no ano 2000 - Jayme de Carvalho Jr./Folhapress/01.09.2000

"Não há que se falar que o ato praticado pelo vereador Faria de Sá reproduz um mero 'costume', ou que se trata de um equívoco. Trata-se, na verdade, da reprodução de um fenômeno histórico de discriminação racial, que ainda hoje causa dores, normaliza violências, dizimina povos e provoca genocidio da população negra", diz o texto.

Faria de Sá citou Pitta dizendo que foi secretário de Governo do ex-prefeito, que administrou a Prefeitura de São Paulo no período de 1997 a 2000 e morreu em decorrência de um câncer em 2009 .

"Eu me preocupei com um negro, que era o Pitta, o prefeito da capital, que estava escorraçado, estava sendo atacado, vilipendiado", disse. "Derrotei o impeachment, ele levou seu mandato até o final. Eu estava preocupado com um negro de verdade, negro de alma branca como as pessoas costumam dizer, não podemos ter essa preocupação de não estar preocupado com todos", disse.

Posteriormente, Faria de Sé pediu desculpas. "Eu errei, não quero discutir com ninguém, quero pedir desculpas humildemente".

A peça entregue à corregedoria por Luana diz que as desculpas são necessárias, mas não são o meio adequado para "solucionar uma prática criminosa".

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