A visita de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a Romeu Zema (Novo) na última segunda-feira (7) foi vista por aliados do governador como demonstração da dificuldade que Jair Bolsonaro (PL) enfrenta para montar um palanque em Minas Gerais.
O filho do presidente se reuniu em uma conversa rápida com Zema e estava acompanhado pelo deputado e ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro (PSL-MG). O encontro foi visto por políticos mineiros como uma forma de pressão.
O senador busca uma posição de Zema sobre a inclusão do bolsonarista como vice em sua chapa ou apoio para ele ser o candidato ao Senado do governador. Dessa forma, o presidente teria garantia de palanque no estado.
Os aliados de Zema lembram que Álvaro não está nem entre os principais nomes cotados para vice, cuja lista hoje é encabeçada pelo deputado federal Marcelo Aro (PP), e tem outros postulantes, dentro e fora do Novo.
No caso do Senado, a aceitação do ex-ministro do Turismo também é vista como difícil. O comentário entre os aliados é que, hoje, Zema usará a tática de não atacar ninguém, mas sem se aproximar do grupo de Bolsonaro e da rejeição que o acompanha.
Um dos argumentos é que, com ou sem aliança, Zema tem eleitorado, em especial no norte de Minas, predominantemente lulista e, portanto, não é interessante qualquer sinalização de apoio ao presidente ou integrantes de seu grupo.
Como mostrou o Painel, a boa avaliação tanto de Zema como de Lula tem feito integrantes do governo mineiro alimentar um movimento para apoiar o petista na disputa presidencial e criar o voto casado em Minas Gerais.
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