O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a crise internacional que tem elevado o preço do barril do petróleo e ocasionou um mega-aumento dos combustíveis anunciado nesta quinta-feira (10) pode se resolver antes de causar estragos eleitorais.
Questionado sobre o grau de preocupação do governo com os impactos do reajuste, Barros respondeu que é cedo para saber. "Tomara que rapidamente a gente tenha uma redução dessas questões aí. Não dá para saber. Vamos ver quanto tempo durar", pontuou.
Ele enfatizou tratar-se de um "problema mundial". E, otimista, afirmou que pode ser "mais tranquilo do que a gente pensa".
Pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. As altas entram em vigor nesta sexta-feira (11).
No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.
Embora não acreditem na repetição de um movimento como o de 2018, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) ficaram inquietos com a proliferação de áudios e mensagens na tarde desta quinta-feira (10) de líderes de caminhoneiros prometendo paralisação por causa do aumento dos combustíveis.
O governo conta com a aprovação de projetos de redução do preço de gasolina e diesel no Congresso para esfriar os ânimos. Segundo um ministro, as medidas legislativas "ajudam muito" a conter o desgaste político.
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