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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Presidenciáveis evitam se posicionar sobre aprovação de jogos de azar

Proposta entra em choque com interesses de eleitores evangélicos

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Os principais candidatos à Presidência da República têm se esquivado sobre o projeto aprovado na Câmara dos Deputados que libera os jogos de azar no Brasil.

Embora conte com o entusiasmo de setores do empresariado, a proposta entre em choque com eleitores evangélicos.

O pré-candidato do Podemos, Sergio Moro, por exemplo, chegou a incluir a condenação da legalização dos jogos em uma carta direcionada a esse eleitorado, mas recuou. Procurada pelo Painel, sua assessoria informou que a equipe ainda está analisando o texto e só depois o ex-juiz vai se manifestar.

Ex-juiz Sergio Moro em evento de filiação do MBL ao Podemos. (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress) - Folhapress

Na votação do texto-base, o Podemos deu quatro votos pela aprovação e seis pela reprovação.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) não se manifestaram até o momento. ​

Depois de tramitar por 30 anos na Câmara, agora o projeto segue para o Senado, sem data ainda para ser apreciado.

Pré-candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que deve enfrentar esse assunto no plenário, é a única que apresenta posicionamento claro. "Sou contra, na forma e no conteúdo", diz.

"O Brasil não está preparado para mais um tipo de atividade que tira dinheiro da classe média, cria uma dependência emocional, um vício, e sob um argumento de arrecadar imposto", declara.

Ela acrescenta ainda uma preocupação com a possibilidade de lavagem de dinheiro e de financiamento ilegal de campanhas políticas.

"Não vamos esquecer que o fundo [eleitoral] agora é público, e não cabe mais financiamento privado de campanha."

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a enviar mensagens a parlamentares pedindo para derrubarem o projeto e sinalizou vetá-lo. Na prática, a liderança do governo liberou a bancada para votar como quisesse e alguns de seus ministros, como o do Turismo, Gilson Machado, trabalharam pela aprovação.

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