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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu petrobras

Tarcísio diz achar correto que caminhoneiros parem de carregar mercadoria para forçar aumento do frete

Ministro da Infraestrutura afirmou a Dedeco, líder da categoria, que governo está fazendo o possível

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São Paulo

Em conversa via WhatsApp com Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) tratou do mega-ajuste de preços realizado pela Petrobras.

Dedeco diz ao Painel que entrou em contato com o ministro porque leu uma reportagem em que ele dizia não ver risco de greve de caminhoneiros —Tarcísio deu essa declaração à Folha.

"Quero dizer que ele está por fora. Ele não tem um pingo de ciência do que está acontecendo nos bastidores. Daqui para segunda-feira ele vai ver muita coisa acontecendo. Ele fez intermediações com outros grupos e resolveu questões locais. Ele pode fazer de novo desta vez, mas desta vez a pauta não é só dos caminhoneiros, mas de todos os brasileiros", diz Dedeco ao Painel.

Na interação, o ministro ouviu do caminhoneiro que a política de preços praticada pela Petrobras vai atingir os mais pobres, que o governo Jair Bolsonaro (PL) só repassa responsabilidades e que os caminhoneiros vão parar se nada for feito.

Em resposta, Tarcísio disse que acha muito correto que os caminhoneiros parem de carregar para forçar os embarcadores e transportadores a repassar para os fretes o custo do aumento do diesel.

Conversa entre Tarcísio de Freitas e Dedeco, líder dos caminhoneiros
Conversa entre Tarcísio de Freitas e Dedeco, líder dos caminhoneiros - Reprodução

O ministro disse que o governo federal estuda o subsídio ao diesel e comemorou a aprovação no Senado do PLP 11/2020, que estabelece cobrança única de ICMS.

"Isso tem o poder de diminuir 50, 60 centavos no preço do litro", escreveu o ministro.

"Se o problema fosse simples, já estaria resolvido. Vontade não falta. Um fundo estabilizador tem um custo de dezenas de bilhões. Insuportável para as contas. Se você não trabalha com paridade, você arrebenta com os importadores e gera desabastecimento. O Brasil importa derivados. É complexo", completou.

Dedeco então escreveu que o governo federal não assume responsabilidade pelos problemas, só as repassa.

Tarcisio então respondeu que respeita a opinião, mas muitos pensam diferente.

"Fico chateado de ver aumento de combustível. Ninguém quer. O que pode ser feito, está sendo feito. Não é minha área. Só tento ajudar", concluiu.

Em nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Infraestrutura afirma que Tarcísio "mantém canal aberto com a categoria e já defendeu abertamente, inúmeras vezes, que as principais questões que afetam o setor hoje são correlatas ao próprio mercado. Neste sentido, cabe aos próprios trabalhadores dialogar entre si para buscar as melhores soluções."

Conversa entre Tarcísio de Freitas e Dedeco, líder dos caminhoneiros
Conversa entre Tarcísio de Freitas e Dedeco, líder dos caminhoneiros - Reprodução

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