A pesquisa Datafolha reforçou alguns dos principais argumentos usados pelo ex-governador Márcio França (PSB) para se manter na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
Ele obtém 23% entre os eleitores que avaliam o governo Jair Bolsonaro (PL) como ótimo ou bom, em empate técnico com o nome apoiado pelo presidente, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que marca 26%. Fernando Haddad (PT) tem 11%.
Neste segmento, o socialista tem rejeição relativamente baixa, de 20%, contra 60% do petista.
Além disso, França marca 32% entre partidários do PSDB, contra 14% de Rodrigo Garcia, candidato da legenda. Haddad consegue 10% entre simpatizantes tucanos.
Desde o início da pré-campanha, o ex-governador tem usado como argumento a capacidade de obter votos para além do eleitorado da esquerda, diferentemente de Haddad. Isso seria fundamental em um segundo turno contra Tarcísio ou Garcia, argumenta o filiado ao PSB.
A possibilidade de França e Haddad se unirem ainda não está descartada, mas aliados avaliam que o cenário se torna mais difícil conforme a campanha oficial se aproxima.
O ex-governador diz ao Painel que, diferentemente da disputa federal polarizada, São Paulo dá mostras de que comporta uma terceira via.
"Tenho aceitação entre bolsonaristas pelo meu respeito às polícias e ao interior de São Paulo. Sou o melhor caminho para tirar o poder de Bolsonaro. Pregar na CUT é fácil. Eu tenho capacidade de convencer o eleitorado que não é de esquerda de que sou uma opção possível", afirma França.
Ele diz que tem mais força que o PT em nichos específicos, como funcionalismo público, Grande São Paulo, litoral e os eleitores que rejeitam João Doria (PSDB).
"Sou mais anti-Doria que o Haddad", diz França, creditando essa fama aos debates tensos que teve com o tucano nas eleições de 2018.
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