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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Governo vai suspender edital para compra de teste de Covid após erro em preço

Secretaria-Geral considerou o menor valor encontrado na pesquisa de mercado, em vez do valor médio

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Brasília

O Palácio do Planalto vai suspender um edital para a compra de testes de Covid-19 após ser alertado pelo Painel sobre um erro de conta.

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelas aquisições, houve um equívoco material e, em vez de levar em consideração o preço médio da pesquisa de mercado, foi contabilizado o menor valor.

O governo lançou o edital para contratar uma empresa que faça testes de Covid-19 nas delegações presidenciais antes de viagens internacionais.

A empresa seria paga por teste realizado, com a previsão é de 3.000 a serem feitos no prazo de vigência de contrato, que é de um ano. Inicialmente, o valor previsto por teste no edital era de R$ 275, em um contrato total de R$ 925 mil. Mas, por esse valor, os 3.000 testes totalizariam R$ 825 mil, valor inferior ao estimado.

Após ser alertada, a secretaria informou que suspenderá o edital e um novo será lançado, com valor de referência por teste maior que o anterior. O novo preço não foi informado. O prazo para a apresentação de propostas era 26 de maio.

O objetivo do contrato era atender as viagens internacionais do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Apenas realizarão os exames laboratoriais objeto da presente contratação os membros da Comitiva Presidencial, os servidores do Gabinete de Segurança Institucional, a tripulação da aeronave e ao Escalão Avançado que se deslocarem em viagens internacionais em objeto de serviço, face exigências dos países de destino", especificava o edital.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) - Folhapress

A Presidência exigia ainda que o resultado saia em até 4h, em português e inglês e com QR Code para conferência. Conforme a exigência na maioria dos países, o teste deverá ser do tipo RT-PCR.

A empresa contratada poderia fazer a coleta do material no anexo 3 do Palácio do Planalto onde se encontra o serviço médico, mas poderia disponibilizar outras unidades para o serviço. Nesses casos, não poderia haver aglomeração "respeitando as orientações de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19) e normativo interno do órgão".

Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se posicionado contra a vacina e as restrições de circulação em função do vírus. Antes da posse do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, por exemplo, criou-se um temor de uma saia justa, porque não se sabe se o presidente tomou a vacina, exigida para a entrada no tribunal. Na ocasião, Bolsonaro entregou um teste negativo.

Em fevereiro, em viagem à Rússia, o presidente também cedeu e fez o teste exigido para reuniu-se com o presidente Vladmir Putin.

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