A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fez um afago nesta terça-feira (7) ao PSOL para tentar estancar uma crise com o partido após declarações dadas ao Painel por Luiz Marinho, que controla o diretório petista em São Paulo.
Em entrevista publicada no sábado (5), Marinho descartou a presença do PSOL na vaga de vice da chapa de Fernando Haddad (PT) para o governo de São Paulo, dizendo que ela não ajudaria a ampliar o apelo da candidatura junto ao eleitorado de centro.
"Tem que facilitar a vida do cidadão. Esse eleitor pensa: ‘já estou engolindo o PT e agora vem o PSOL junto?’ Precisa achar alguém deglutível para o eleitor", disse Marinho.
A declaração foi criticada por dirigentes psolistas, que a acharam deselegante por menosprezar o partido.
Gleisi concordou com a avaliação. "Acho que ele [Marinho] usou uma expressão que talvez não tenha sido muito elegante, como disse o pessoal do PSOL. Mas não fechou a porta, não [a uma aliança]. Eu entendo que a gente tem espaço para o PSOL, é importante estarmos juntos", afirmou a presidente do partido.
Ela também disse ser injustificada a preocupação de Marinho de moderar o apelo de Haddad. "Acho que não há preocupação, nós temos moderação já na chapa. O Haddad não é considerado uma pessoa radical, tem bom trânsito em vários setores", afirmou.
Gleisi reforçou que o PSOL agrega à chapa do PT no estado. "Com certeza, não tenho dúvidas. O PSOL tem presença popular, tem militância", disse.
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