O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou ao Painel que não apresentará resistência na convenção nacional do partido à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República.

De acordo com ele, a sinalização de que o MDB não retaliará os diretórios que optarem por apoiar outros candidatos "desfaz a disputa" no colegiado.

"A resistência era porque uma candidatura sem competitividade prejudica o desempenho do partido e repete o que aconteceu na última eleição", declarou. Renan vinha repetindo que, em 2018, o fraco desempenho do ex-ministro Henrique Meirelles fez com que a bancada de deputados federais reduzisse à metade, com 34 eleitos.

"Você tinha muitos diretórios que entendem que candidatura própria só [deve existir] com competitividade, com mudança do cenário das pesquisas", disse.

Renan foi uma das lideranças mais fortes de oposição à Tebet no MDB e afirmava que 13 diretórios eram favoráveis a uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno.

Mas interlocutores do presidente do partido, Baleia Rossi, afirmam que já havia uma sinalização tácita de que o MDB não retaliaria quem não apoiasse Tebet por conta de arranjos locais.

A senadora vem se articulando para consolidar apoios dentro do MDB e do PSDB, partido ao qual deve se coligar. Embora ainda haja candidaturas conflitantes em Mato Grosso do Sul e Pernambuco, as legendas devem caminhar para um entendimento apenas no segundo turno.