A expansão do fundo eleitoral na atual eleição não mudou a prática de candidatos ao Senado de escolher suplentes que funcionam como financiadores de campanha.
As prestações de contas já apresentadas à Justiça Eleitoral mostram que o fenômeno é comum a diferentes partidos e estados.
O caso mais inusitado é o de Guaracy (PTB), que disputa o Senado no Amapá e registrou como suplente o empresário Otavio Fakhoury, presidente do partido em São Paulo. Fakhoury contribuiu com R$ 85 mil ao colega de partido, maior doador da campanha.
Outra situação incomum ocorre no Distrito Federal, onde a ex-ministra Flávia Arruda (PL) colocou como um de seus suplentes Luiz Pastore, atualmente senador pelo MDB do Espírito Santo, em fim de mandato. Empresário, ele doou R$ 380 mil para a atual campanha
No Paraná, os dois principais candidatos fizeram uso do expediente. Suplente de Álvaro Dias (Podemos), o empresário do setor educacional Wilson de Matos Silva Filho deu R$ 440 mil à campanha.
Outro empresário, Ricardo Augusto Guerra, é o maior doador individual de Sergio Moro (União Brasil), de quem é suplente, com uma contribuição de R$ 259 mil.
Líder na pesquisa em Minas Gerais, o deputado estadual Cleitinho (PSC) obteve R$ 140,9 mil de seu suplente Alex Sandro Diniz.
Em Santa Catarina, o também deputado Kennedy Nunes (PTB) tem como seu único doador o suplente Bruno Bortoluzzi, que contribuiu com R$ 25 mil.
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