A Executiva Nacional do PT se reúne na segunda-feira (7), e membros da direção defendem que já seja discutida a participação de filiados do partido no governo Lula.
Uma possibilidade mencionada por eles é criar uma comissão para centralizar as indicações políticas, desde o primeiro escalão até os postos nos estados.
"Precisamos ter uma porta de entrada única, para este processo ser institucionalizado", diz o secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto.
"A reunião vai discutir quais os postos-chaves que consideramos importante o PT ocupar, além de debater o conceito do governo Lula, que vai do centro até a esquerda", afirma. "Isso tudo terá de ter a chancela do próprio presidente, claro".
Também membro da Executiva, Washington Quaquá diz que a criação de uma comissão é fundamental para organizar a participação do PT no governo. "É preciso fazer a interlocução com os estados, por exemplo".
A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, afirma que ainda não é o momento de se debater o tema do preenchimento de cargos.
"Não é hora para isso. Nem tampouco criar comissão. É uma reunião para avaliar o quadro pós-eleitoral e o momento da transição. E também marcar a reunião de nosso diretório nacional", disse.
O partido sabe que precisará abrir espaços para aliados, mas quer ocupar ministérios centrais, como Fazenda, Casa Civil e Cidades. Mesmo em pastas que ficarem com outras legendas, a ideia é ter posições de comando no segundo escalão, que toca o dia a dia da máquina.
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