Será o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quem dará a palavra final sobre qual ministério abrigará o SFB (Serviço Florestal Brasileiro).
O órgão faz a gestão de florestas públicas e do CAR (Cadastro Ambiental Rural), instrumento pelo qual propriedades rurais declaram o quanto possuem de floresta preservada e pelo qual o governo verifica o cumprimento do Código Florestal.
O SFB fazia parte do Ministério do Meio Ambiente, mas foi deslocado para o Ministério da Agricultura no primeiro dia da gestão Jair Bolsonaro (PL), atendendo a uma demanda da então ministra Tereza Cristina (PP-MS).
Integrantes do GT de Meio Ambiente afirmam que recomendaram o retorno da estrutura para a pasta original, mas que o desenho final do ministério aguarda decisão de Lula.
O petista deve dar a palavra final também sobre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Auxiliares da transição e cotados para assumirem as pastas relacionadas à economia não têm acordo sobre onde ficará o banco: no Ministério da Fazenda, do Planejamento ou da Indústria e Comércio.
Até mesmo o nome do Ministério da Fazenda deve ser decidido por Lula. Bolsonaro o rebatizou para Ministério da Economia.
Auxiliares mais próximos afirmam que, por já ter presidido o país, Lula já tem na cabeça o que considera funcionar melhor para os ministérios e terá legitimidade para arbitrar eventuais discordâncias entre os futuros ministros.
Esses interlocutores afirmam que o mais provável é que o presidente eleito tente espelhar o desenho da Esplanada de 2010, quando ele deixou a Presidência.
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