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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Entidade judaica critica economista por declaração antissemita contra novo presidente do BID

Paulo Nogueira Batista Jr. disse que Ilan Goldfajn é 'financista, ligado à comunidade judaica'

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A Conib (Confederação Israelita do Brasil) divulgou nota em que condena declarações do economista Paulo Nogueira Batista Jr., em que ele critica o novo presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ilan Goldfajn, pelo fato de ser judeu e nascido em Israel.

O economista Paulo Nogueira Batista Jr., no lançamento de um livro em 2019 - Mathilde Missoneiro/Folhapress

Ex-diretor de instituições multilaterais como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco dos Brics, Nogueira Batista declarou, em live promovida pelo Jornal GGN, que Ilan é um nome hostil ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e incluiu sua origem judaica como uma das razões para isso.

"Ele [Ilan] é essencialmente um financista, ligado ao Tesouro americano, à comunidade judaica. Ele na verdade é judeu-brasileiro, nasceu em Haifa, em Israel. E a comunidade judaica tem muita presença no Tesouro americano, no Fundo Monetário, nos organismos internacionais, não só nos bancos privados. Ele de brasileiro só tem o passaporte", diz o economista.

A Conib declarou em nota que "condena veementemente as declarações antissemitas proferidas pelo economista Paulo Nogueira Batista Jr.".

Segundo a entidade, o economista "recorre a velhos clichês antissemitas usados por fascistas e racistas para vilipendiar um cidadão brasileiro que tanto contribui para o nosso país".

Outra entidade, o grupo Judeus Pela Democracia, também se manifestou, dizendo que a declaração de Nogueira Batista é "exemplo límpido do antissemitismo conspiracionista da esquerda". O economista é próximo do PT e apoiou a candidatura de Lula.

"Divergências ideológicas fazem parte. Já ancorar-se no antissemitismo como argumento é inaceitável", diz a entidade.

Em uma rede social, o economista procurou justificar a fala, e negou que tenha sido antissemita. "Desde quando, pergunto, fazer críticas a um judeu (caracteriza antissemitismo? Não o critiquei por ele ser judeu, mas por suas qualidades (ou falta de)", declarou.

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