O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nos últimos dias uma degola nos cargos de confiança da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), incluindo posições de menor expressão.
Foram exonerados em sequência seis servidores de diversas áreas da instituição, vinculada ao recriado Ministério da Cultura.
Entre eles estão o antigo presidente, Luiz Carlos Ramiro, o diretor-executivo, João Carlos Nara Jr, o chefe de gabinete da presidência, Fernando Antonio de Souza Ferreira Jr., o coordenador-geral do Centro de Pesquisa e Editoração, Elton Gomes dos Reis, e o coordenador-geral do Centro de Cooperação e Difusão, João Cabecinho.
Já o procurador-chefe da FBN, Daniel Almeida de Oliveira, foi afastado, mesmo sendo servidor ligado à Advocacia-Geral da União. Por ser de carreira, ele deverá ser realocado para outra função no governo. Também houve cancelamento de contratos de servidores terceirizados.
Conservador e admirador do filósofo Olavo de Carvalho, Ramiro foi dispensado em razão do filtro ideológico que vem sendo empregado pelo novo governo para o segundo escalão. Já as outras dispensas chamaram a atenção por serem de servidores de escalões inferiores.
De acordo com relatos obtidos pelo Painel, o vácuo administrativo tem gerado problemas no atendimento ao público.
No governo Lula, a presidência da instituição ficará com o escritor Marco Lucchesi, ainda não empossado.
Em nota, a presidente interina da FBN, Suely Dias, afirmou que "a vacância dos cargos faz parte da fase de transição para a chegada da nova presidência da FBN, quando estabelecerá seu corpo diretor. É da rotina republicana".
A Biblioteca, diz ela, está funcionando normalmente, com seu corpo técnico em plena atuação. Segundo Dias, a instituição está aberta ao público, com cerca de 3.000 visitas diárias.
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