O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou em seu discurso de posse no Congresso Nacional neste domingo (1º) o retorno do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), marca de sua gestão anterior, que ficou associada à então ministra Dilma Rousseff.
Responsáveis pelas áreas envolvidas, no entanto, não têm clareza ainda de como funcionará o programa, que não consta de documentos que foram divulgados ao longo da campanha.
"Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer. Buscaremos financiamento e cooperação –nacional e internacional– para o investimento, para dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, exportações, serviços, agricultura e a indústria", afirmou Lula.
Escolhido para comandar o Ministério dos Transportes, Renan Filho (MDB) disse ao Painel que Lula havia avisado que gostaria de conversar futuramente sobre um programa importante de retomada de obras, mas não mencionou o nome PAC. O presidente não especificou quando seria a conversa.
"A PEC da Transição abre espaço para mais investimentos, e ele [Lula] quer dar um norte para isso aí, em harmonia com todas as pastas", explicou Renan.
Interlocutores do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmam que a coordenação desse novo PAC ficará a cargo da pasta. Não se sabe ainda se comandado pela secretária-executiva, Miriam Belchior, ou se pelo secretário do PPI (Programa de Parceria de Investimentos), Marcus Cavalcanti.
O programa foi criado em 2007 durante o segundo governo Lula, e ficou associado a Dilma, chamada na época de "mãe do PAC". O plano ajudou que ela se cacifasse para disputar a Presidência em 2010.
Na época, Belchior foi uma das responsáveis pela coordenação das ações, primeiro quando assessorou Dilma no Planalto e posteriormente quando foi nomeada ministra do Planejamento.
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