Os líderes do PT e do PSB na Câmara, os maiores partidos da esquerda, não vão indicar integrantes para as comissões mistas das medidas provisórias enquanto os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não chegarem a um entendimento.
Quando Pacheco determinou a instalação das comissões mistas a contragosto de Lira, havia a expectativa no Senado de que ao menos os partidos mais próximos do governo pudessem fazer as indicações para destravar o impasse. Se não houver o quórum mínimo, as comissões não podem funcionar.
"Enquanto não houver uma decisão dos líderes da Câmara em conjunto, o PSB não indica nenhum integrante para as comissões. Não se trata de uma questão de governo versus Congresso. Trata-se, sim, da Câmara querendo preservar suas prerrogativas", diz Felipe Carreras (PE), líder do PSB.
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Zeca Dirceu (PR), líder do PT, vai na mesma direção. Ele afirma haver um sentimento de unidade na Casa. "
Estamos e estaremos ao lado do Lira, porque na verdade é o lado da Câmara. Pacheco precisa ter mais humildade e serenidade. É ruim para o país e para o Congresso este confronto. Lira já flexibilizou a parte dele", sustenta.
A unidade se expressa também nos partidos de centro. O deputado Fábio Macedo (Podemos-MA), líder do maior bloco da Casa, com 142 deputados, diz que a preocupação de Lira é a mesma do restante dos deputados: ter um rito mais rápido. "Todos nós entendemos que as demandas do presidente da Câmara são pertinentes."
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