A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas freou a iniciativa do governador do Amapá, Clécio Luís, de questionar na Justiça a decisão contrária do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Neste domingo (21), o mandatário não descartou os estudos e disse acreditar ser "difícil" haver impacto sobre a Amazônia por ser uma exploração em alto-mar.
A fala foi interpretada pelos defensores da perfuração como uma sinalização de que ainda há espaço para negociar uma solução política. Entrar na Justiça agora, avaliam aliados do governador, poderia tumultuar as tratativas de uma solução dentro do próprio governo.
Na semana passada, o Ibama negou um pedido da Petrobras para fazer estudos na região e abriu uma crise política com a bancada amapaense e opôs integrantes do próprio governo, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Na ocasião, Clécio anunciou que entraria na Justiça para reverter o posicionamento do instituto. A ação ainda não foi protocolada, embora não tenha sido descartada por completo.
A Petrobras anunciou que reapresentaria o pedido, o que também ainda não ocorreu. Segundo o Painel apurou, a empresa está preparando um documento para rebater ponto a ponto os questionamentos do Ibama.
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