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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Petista negra diz que sofre resistência por não ser 'homem, branco e rico'

Deputada federal Carol Dartora almeja ser candidata à prefeitura de Curitiba em 2024

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Curitiba

Com expressiva votação nas duas últimas eleições que disputou, a deputada federal Carol Dartora (PT-PR) afirma que há resistência de políticos ao seu nome quando o assunto é a corrida de 2024 pela prefeitura de Curitiba, mesmo se colocando abertamente com disposição para o pleito.

O PT ainda não bateu o martelo sobre como deve se apresentar na eleição, se vai integrar uma frente ampla da esquerda ou se lançará candidatura própria, mas Dartora sustenta que tem sido ignorada neste debate por alguns caciques partidários.

Deputada federal Carol Dartora (PT-PR) exerce seu primeiro mandato na Câmara em Brasília - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

"O ideal seria uma frente ampla. Mas, eu percebo que, mesmo eu demonstrando a condição e a força política para construir uma candidatura de esquerda para a nossa cidade, está muito difícil de articular", diz ao Painel. "Não estaríamos num impasse se eu fosse um homem, branco, rico".

Entre os nomes que circulam como possibilidade para encabeçar a frente ampla estão o deputado federal Luciano Ducci (PSB) e o estadual Goura (PDT).

Dentro do PT, há uma lista de políticos citados nos bastidores, como Tadeu Veneri e Zeca Dirceu, que são deputados federais, e Requião Filho e Arilson Chiorato, deputados estaduais.

"Mas, realisticamente, a esquerda já tem um nome à prefeitura de Curitiba, o nome de uma mulher preta", defendeu ela, que, na eleição de 2020, se tornou a primeira vereadora negra da cidade.

Dois anos depois, foi eleita deputada federal pelo Paraná com a segunda maior votação entre os candidatos do PT, perdendo apenas para Gleisi Hoffmann, presidente nacional da sigla.

"Há uma resistência de caciques políticos, de pessoas que estão há muito tempo no poder. É resistência em abrir espaço. Por exemplo: eu sei que o meu partido tem conversas com o PSB e eu nunca fui chamada para elas. Então a política continua sendo muito masculina, muito branca. Mesmo demonstrando força política, essa hierarquia está colocada", criticou ela.

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