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Tucanos se queixam de recepção por aliada de Eduardo Leite no PSDB

Lideranças do partido têm reclamado de quebra de liturgia em visitas ao diretório nacional

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São Paulo

Líderes tucanos que têm se dirigido ao diretório nacional do PSDB, em Brasília, para conversar com o presidente do partido, Eduardo Leite, têm criticado o tratamento dispensado e falam em desfeita e quebra da liturgia. As queixas já chegaram a membros da cúpula da legenda.

Na ausência de Leite ou na impossibilidade de se reunir com ele, esses tucanos têm sido recebidos com frequência por Micheli Petry, dirigente partidária e braço direito do gaúcho. Ela o acompanha desde antes de seu primeiro mandato como governador (2019-2022), mas nunca ocupou posição de destaque nacional no PSDB.

Em gestões anteriores, de Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Bruno Araújo, essa recepção habitualmente era feita por representantes históricos do partido, como os ex-deputados federais Silvio Torres e João Almeida, que então davam andamento às solicitações dos parlamentares e demais políticos da sigla.

Eduardo Leite, governador do RS e presidente do PSDB, durante entrevista à Folha
Eduardo Leite, governador do RS e presidente do PSDB, durante entrevista à Folha - Bruno Santos-1º.fev.2023/Folhapress

Para esses tucanos insatisfeitos, ainda que a questão possa parecer pontual, ela é reveladora do que veem como falta de conhecimento ou de interesse do governador do Rio Grande do Sul em relação ao funcionamento e à história da legenda, na qual essas formalidades têm grande importância e são tidas como demonstrações de respeito às trajetórias de cada um.

No final de junho, Micheli foi uma das participantes de recepção ao deputado federal alemão Peter Beyer, da União Democrata-Cristã (CDU). Na ocasião, explicou a ele o processo de renovação do PSDB e o posicionamento do partido em relação ao governo Lula (PT), como relatou o site oficial tucano.

Em nota de sua assessoria de imprensa, o PSDB afirma que o partido está "em movimento, rumo a um reposicionamento importante e necessário", está em um processo de mudanças no qual "o coletivo é mais importante do que o indivíduo". É por isso, afirma, que Leite tem feito uma caravana para ouvir o partido por todo o país e também é por isso que "hoje nenhuma pessoa fala sozinha em nome do presidente nacional".

Micheli Petry, dirigente do PSDB, durante recepção ao deputado alemão Peter Bayer
Micheli Petry (de azul), dirigente do PSDB, durante recepção ao deputado alemão Peter Bayer - Divulgação/PSDB

"O papel de interface política está sendo desempenhado em conjunto, por diretores do partido como Victor Ferreira, por dirigentes partidárias como Micheli Petry, pelo nosso consultor, o ex-deputado João Almeida, ou ainda por integrantes da Executiva Nacional, como o senador Tasso Jereissati."

"O PSDB vai continuar mudando. Se renovando. Criando novas alternativas, para ele e para o Brasil. É nesta direção que os milhares de militantes estão trabalhando. E é nesta direção que a Executiva Nacional espera que todos também trabalhem, olhando para o partido e para o futuro do Brasil, e não para o passado ou para meras ambições pessoais", conclui a nota.

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