Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu feminicídio violência

Com apenas 11 delegacias femininas 24 horas em SP, secretário diz que BO online é suficiente

Derrite diz que estado cumpre com o que exige a lei, que determina que todas as delegacias devem funcionar de forma ininterrupta

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Com apenas 11 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) funcionando ininterruptamente em todo o estado, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou em um ofício que São Paulo cumpre com a determinação de atendimento às vítimas de violência 24 horas de modo remoto.

O ofício foi enviado à deputada estadual Paula Nunes, da bancada feminista do PSOL, que interpelou o secretário após o governo federal ter sancionado, em abril deste ano, uma lei que obriga todas as delegacias da mulher a funcionarem 24 horas, incluindo nos fins de semana e feriados.

Entre as 140 DDMs em todo o estado, somente 11 funcionam ininterruptamente, sendo sete na capital e as outras em Barueri, Campinas, Santos e Sorocaba.

Delegacia de Defesa da Mulher de Sorocaba, no interior paulista, uma das 11 do estado com atendimento 24 horas - Governo do Estado de São Paulo

Em sua resposta, Derrite afirma que o atendimento às mulheres se dá por meio de qualquer delegacia física. Outra alternativa, segundo ele, são as salas onde a vítima interage, pela internet, com uma equipe de Delegacia da Mulher.

O secretário também sugere que a ocorrência pode ser feita através do site da Delegacia Eletrônica. "O modelo remoto tem se mostrado eficiente, em especial para casos em que a mulher tem oportunidade de deixar a casa e efetuar o registro", respondeu o secretário.

A lei, sancionada por Lula, define que todas as delegacias de atendimento às mulheres devem funcionar o tempo todo. Nas cidades onde não há uma unidade feminina, a delegacia existente deverá priorizar o atendimento por uma agente especializada.

A parlamentar reclama que, como a maioria dos casos acontecem à noite e aos finais de semana, São Paulo não cumpre com a legislação federal e nem políticas de combate à violência.

"O registro virtual da ocorrência não é eficaz em caso de violência contra mulher. Em uma DDM, tem atendimento e acolhimento, o que não é possível na modalidade virtual", diz a deputada.

Em uma reunião na Alesp na terça (8), a secretária estadual de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes, também foi questionada sobre a falta de delegacias 24h e disse que aguarda contrapartidas do governo federal.

"Estamos discutindo e precisamos entender quais condições o governo federal vai dar para ampliação de atendimento das delegacias [24 horas]", afirmou Sonaira.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.