Ex-ministro da Pequena e Micro Empresa, Guilherme Afif Domingos recomenda ao novo titular da pasta, Márcio França, que trabalhe com uma estrutura enxuta. Isso, segundo ele, ajudaria a que a equipe seja técnica e blindada de indicações políticas.
"Você não pode inchar a máquina. Tem que ser uma pasta enxuta, para ser de formulação. Eu tinha no máximo 50 pessoas trabalhando comigo", diz Afif, atual secretário estadual de Projetos Estratégicos do governo de São Paulo.
Ele exerceu o cargo de ministro entre 2013 e 2015, no governo Dilma Rousseff (PT). A pasta então foi extinta, e recriada agora.
"Fico feliz por ter sido o primeiro ministro da micro e pequena empresa, mas sentia tristeza por ter sido o único. A política da microempresa sempre ficou escondida nos porões do Ministério do Desenvolvimento, que é um ministério de grande lobby industrial", afirma Afif.
Segundo ele, é importante haver entrosamento entre o ministério e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que é quem executa as políticas para o setor.
Afif diz que está à disposição de França para conversar sobre o tema, caso procurado. E afirma que a ideia de colocar temas como empreendedorismo e economia criativa no novo ministério é desnecessária.
"A pequena empresa já é o local do empreendedorismo e da economia criativa. O resto são redundâncias pomposas", declara.
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