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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Prefeitos do RJ se unem por punições e ruptura de contrato com a Enel

Mais de 60 representantes de municípios se reunirão na segunda (27) para formalizar ação

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São Paulo

Prefeitos e representantes de 66 municípios do Rio de Janeiro se reunirão na segunda-feira (27) em Niterói para um ato de assinatura de uma ação pública conjunta contra a concessionária de energia elétrica Enel.

A ideia é pedir na ação o estabelecimento de um limite de até quatro horas para que a empresa reestabeleça a energia elétrica após quedas, sob pena de multa.

Eles também querem propor a padronização da punição, para que a concessionária seja obrigada a pagar o mesmo valor pelo período com falhas, independentemente do tamanho do município, e a apresentação de um plano de investimento e de ações pela Enel.

A cidade de Paraty ficou sem luz no primeiro dia da Flip
A cidade de Paraty ficou sem luz no primeiro dia da Flip - Zanone Fraissat/Folhapress

Os prefeitos também estão organizando uma marcha à Brasília para pedir à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a ruptura dos contratos com a empresa.

Na quinta-feira (23), no primeiro dia da Flip, uma queda geral de energia atingiu Paraty, a cidade que recebe o evento, por aproximadamente quatro horas.

Em Angra dos Reis, a Ilha Grande ficou quatro dias consecutivos sem energia elétrica na semana passada, e a prefeitura precisou auxiliar a empresa na logística de transporte de diesel para abastecer os geradores.

Gutinho Bernardes (PL), de Areal, tem articulado a mobilização e diz que os prefeitos não acreditam mais na empresa e querem "tirá-la do estado do Rio de Janeiro".

Bernardes afirma que as crises têm sido corriqueiras, o que ele atribui à falta de investimento da empresa. Ele cita o caso recente da cidade de Saquarema, que teria inaugurado um hospital usando geradores de eletricidade.

"Ano que vem tem eleição, e os prefeitos têm seus trabalhos e aprovação colocados em xeque. Alguns municípios ficam até sem água, já que o bombeamento depende da rede elétrica. Passamos por ondas de calor sem água e luz. A gente vê sucateamento dos serviços", completa. "Eu tenho que ser penalizado por uma empresa cuja concessão não sou eu que toco? É cruel demais".

Ele lembra do caso de São Paulo, que sofreu com crise de eletricidade no começo do mês e cujo prefeito, Ricardo Nunes (MDB), disse ter solicitado o encerramento da concessão na capital.

"Se a Enel faz isso com a maior cidade do país, imaginem o que ela tem feito em um município de 12 mil habitantes", afirma, em referência a Areal.

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