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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Erundina diz ter dificuldade com Marta vice de Boulos e que prefere outro nome

Vice do deputado em 2020, ex-prefeita pondera que escolha será do PT e que PSOL respeitará a decisão

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São Paulo

A deputada federal Luiza Erundina (PSOL) diz ter dificuldade em entender a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fazer com que Marta Suplicy se filie novamente ao PT e seja vice de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições pela Prefeitura de São Paulo de 2024.

Em 2020, Erundina ocupou o posto e chegou ao segundo turno com o colega de partido, quando foram superados por Bruno Covas (PSDB), que tinha o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), como vice. Atualmente, ela compõe o grupo de trabalho que vai elaborar o programa de governo a ser apresentado por Boulos.

Luiza Erundina (PSOL), deputada federal, durante entrevista à Folha
Luiza Erundina (PSOL), deputada federal, durante entrevista à Folha - Jorge Araújo-21.mar.2019/Folhapress

Desde que Marta, então senadora, deixou o PT, em 2015, e votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, com gestos como a entrega de flores para Janaina Paschoal, autora do pedido como advogada, Erundina dirige comentários críticos à também ex-prefeita da capital.

Em 2016, quando as duas disputavam a Prefeitura de São Paulo, Erundina disse que Marta era uma "traidora do povo" e não havia passado no teste "como feminista", pois apoiava o governo "ilegítimo" e "machista" de Michel Temer (MDB).

Ela também criticou Marta por ter deixado o PT no momento "mais trágico da história" do partido e que havia traído a legenda, a esquerda e o povo.

"Eu preferia uma outra candidatura, mas é o PT que deve avaliar a quem cabe ocupar a vice. Temos a cabeça, que é o Boulos. Se o PT acha que a Marta é bom nome, aí a responsabilidade é do PT. Já não nos cabe opinar a respeito. Eu teria dificuldade, mas de qualquer forma não nos cabe opinar sobre que nome o PT vai indicar", diz Erundina ao Painel.

A deputada afirma que sua dificuldade não seria em fazer campanha ao lado de Marta, mas em entender a lógica da escolha dela para o posto pelo PT.

Marta Suplicy, secretária municipal de Relações Internacionais, durante festa de aniversário em seu apartamento
Marta Suplicy, secretária municipal de Relações Internacionais, durante festa de aniversário em seu apartamento - Mathilde Missioneiro-19.mar.2023/Folhapress

"Por que agora a Marta tudo bem?", pergunta a parlamentar. "Eles avaliam que a Marta tem muito apoio popular na periferia, por alguns programas que adotou, Bilhete Único, CEUs. Todo governo tem os seus acertos, e certamente o dela teve, assim como o do [Fernando] Haddad e também o nosso. Mas não basta só o que foi feito em determinado governo, [conta também] a trajetória dessa pessoa ao longo do tempo", completa.

Erundina afirma que o PSOL têm militância em comum com o PT e que ela tem notícia de que a proposta do retorno de Marta ao PT como vice de Boulos tem suscitado críticas.

"Mas a política, sabe como é... É a lógica da politica eleitoral. Eu tenho dificuldade de entender as coisas dessa forma", acrescenta. "Vamos fazer campanha. O importante é conquistar de novo o governo da cidade, que foi muito bem na época que a gente governou, pelo menos em relação a questões sociais".

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