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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Marinha usa desativação de navio no Rio para pressionar por verba extra

Força diz que investimentos em defesa são 'intensivos na geração de empregos e no desenvolvimento de ciência e tecnologia'

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Brasília

A Marinha usou um evento de desativação de um navio em Niterói (RJ) para alertar para o limite da vida útil de suas embarcações e pressionar pela PEC (proposta de emenda à Constituição) que busca garantir que o orçamento de defesa do Brasil seja igual ou superior a 2% do PIB (Produto Interno Bruto).

A instituição enviou um comunicado à imprensa com informações sobre a cerimônia de baixa do serviço ativo da Armada do Navio de Desembarque de Carro de Combate "Mattoso Maia", realizada nesta quinta-feira (7). No texto, a Marinha citou que o evento marcava o início do processo de desativação de 43 embarcações, que deve terminar em 2028, por causa do limite da vida útil dos navios.

Maior navio de guerra da América Latina atraca em Belém durante Cúpula da Amazônia
Maior navio de guerra da América Latina atraca em Belém durante Cúpula da Amazônia - Marinha do Brasil

A nota indica que esse número corresponde a aproximadamente 40% dos meios operativos da Força. "Diante dessa realidade, o custo financeiro necessário à manutenção das capacidades dos meios navais de forma sustentável, sem o adequado provisionamento de recursos, ameaça o processo de reaparelhamento" da Marinha, diz o comunicado.

O texto cita o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, que defende a PEC da verba extra. "O texto da PEC da Defesa guarda razoabilidade, observado o incremento percentual gradual (0,1%/ano), e atende aos interesses da MB", complementa a nota.

"Estudar possibilidades para permitir a elevação gradual do orçamento da Defesa é, portanto, determinante para que as Forças Armadas atinjam a capacidade operacional plena. Ressalta-se, também, que os investimentos em defesa são intensivos na geração de empregos e no desenvolvimento de ciência e tecnologia, trazendo inúmeros benefícios sociais para o Brasil", conclui o comunicado.

A PEC do orçamento de defesa foi protocolada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do principal partido de oposição ao governo Lula (PT). Como a Folha mostrou, a Marinha participou da articulação da proposta e fez movimentos para mostrar apoio popular a ela.

Após ter conquistado apoio da oposição, a Força agora tenta conseguir respaldo do Palácio do Planalto à proposta. Apesar da simpatia do ministro José Múcio Monteiro (Defesa), a PEC não é bem vista pela área econômica do governo, que acredita que uma indexação para o orçamento militar vai engessar ainda mais o Orçamento.

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