O deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB e coordenador da campanha à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), tem afirmado em entrevistas que o prefeito de São Paulo é um "radical de centro".
Essa expressão era um dos bordões de Bruno Covas (PSDB), que foi eleito para o cargo de prefeito da capital em 2020, com Nunes como seu vice. Em 2021, o tucano morreu e o emedebista assumiu o posto.
A utilização da expressão tem gerado incômodo em aliados de Bruno Covas que se distanciaram de Nunes e que avaliam sua gestão como uma ruptura com a do antecessor.
É o caso de Orlando Faria, que foi secretário municipal na gestão de Bruno Covas e que deixou o cargo de presidente do diretório do PSDB da capital para se tornar um dos coordenadores políticos da pré-candidatura de Tabata Amaral (PSB-SP).
"Nunes tenta roubar descaradamente o discurso de Bruno Covas, mas as diversas imagens dele olhando com paixão para Jair Bolsonaro [ex-presidente, PL] não deixam que ele transmita verdade. Enquanto o Bruno se colocava como um radical de centro, o Nunes consegue ser radicalmente incompetente em várias frentes", afirma Faria.
Baleia Rossi afirma que considera "sempre bom estar em sintonia com Bruno e os covistas."
"É algo que conseguimos resgatar a partir de 2019, quando o então presidente do PSDB, Bruno Araújo, fez questão de ir à convenção nacional que me elegeu presidente do MDB, oportunidade em que defendi a retomada da nossa identidade. Na sequência, em 2020, quando o próprio Bruno Covas escolheu o Ricardo como vice e, assim, conseguimos formar uma chapa PSDB-MDB pela primeira vez após 1988", afirma o emedebista.
"Somos da mesma origem, especialistas em formação de frente amplas", completa.
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