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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Ex-diretora da CBF diz que Ednaldo usou anúncio de Diniz em 2023 para abafar sua demissão

Em processo por assédio, Luísa Rosa também relata ambiente tóxico para mulheres na entidade

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Ex-diretora de Patrimônio da CBF, Luísa Rosa afirma, no processo por assédio que move contra a entidade, que a nomeação do técnico Fernando Diniz para a seleção brasileira, em julho do ano passado, foi usada como um artifício para abafar sua demissão do cargo.

Fernando Diniz ao ser anunciado como técnico da seleção em julho pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues - Eduardo Anizelli/Folhapress

O processo, em que ela pede indenização de R$ 1,8 milhão por assédio moral e sexual, foi revelado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

"Quando estava sendo demitida, o presidente Ednaldo [Rodrigues] apresentava o novo técnico da seleção brasileira, Fernando Diniz, [apresentação] que estava marcada para o dia seguinte e foi antecipada, para evitar que sua demissão repercutisse na imprensa", afirma ela no processo.

Diniz foi demitido por Ednaldo nesta sexta-feira (5).

Primeira mulher a ter um cargo de diretora da entidade, Rosa foi demitida em julho do ano passado após ter feito as acusações de assédio ao compliance da CBF.

No processo, ela também relata um ambiente tóxico para mulheres na entidade.

"A autora, como diretora, ouvia todo tipo de comentário misógino e inconveniente, desde a contratação de prostitutas para servir os convidados da ré [CBF] em eventos, até comentários quanto a sua pessoa, o que fez, inclusive, que solicitasse o recebimento de auxílio alimentação, a fim de não mais almoçar com os demais diretores, pois era insuportável o desrespeito que presenciava", diz.

Na peça, a ex-diretora afirma ainda que o assédio era de conhecimento e praticado por diversos integrantes da cúpula da entidade. Cita nominalmente Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação, e Pedro Trengrouse, advogado.

Acrescenta que "ingenuamente" acreditou nas boas intenções dos colegas e anexa prints de conversas via WhatsApp em que é chamada de "linda", entre outros termos.

Ela também relata que tinha dificuldade em se reunir com o presidente da CBF, mesmo quando havia assuntos urgentes a tratar.

Em seu cargo, a diretora era responsável pelas obras da sede e de locais pertencentes à entidade. Diz que teve suas funções esvaziadas por Ednaldo.

Como mostrou a Folha, Rosa também acusou Ednaldo de ter instalado uma central de espionagem no prédio da CBF, no Rio, com câmeras camufladas posicionadas no teto do refeitório, local frequentado por diretores, funcionários e visitantes.

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