A bancada do MDB na Câmara Municipal de Maceió (AL) é chave para viabilizar a criação de uma CPI para investigar o caso Braskem na cidade, dona de uma mina que provocou afundamento de diversos bairros.
Autora do pedido, a vereadora Teca Nelma (PSD) conseguiu até agora sete assinaturas, duas a menos do que o mínimo necessário.
Dos nove vereadores emedebistas, quatro apoiam a investigação: Zé Márcio Filho (MDB), Kelmann Vieira (MDB), Fernando Hollanda (MDB) e Gaby Ronalsa (MDB).
Resistem à CPI os outros cinco: Galba Netto, Chico Filho, Luciano Marinho, Brivaldo Marques e Silvânia Barbosa. A maioria apoia o prefeito JHC (PL).
A situação gerou uma crise no partido. Presidente do diretório municipal do MDB na capital alagoana, o deputado federal Rafael Brito ameaça punir os que não assinarem ao pedido de investigação. Ele é ligado ao senador Renan Calheiros (MDB), contrário ao prefeito e a seu padrinho, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A vereadora que propôs a CPI diz estar confiante que a pressão popular vai convencer os resistentes. "É algo que a gente sente nas ruas, a população quer a investigação. A Câmara não pode se omitir sobre esse caso", afirma.
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