A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) não participará do evento de refiliação de Marta Suplicy ao PT nesta sexta-feira (2), em São Paulo. A assessoria de imprensa da parlamentar afirma que ela tem compromissos previamente agendados no mesmo horário.
Marta voltará ao partido para se juntar à chapa de Guilherme Boulos (PSOL), de quem a própria Erundina foi vice em 2020.
A deputada já teceu duras críticas a Marta no passado. Em 2016, quando as duas disputavam a Prefeitura de São Paulo, Erundina disse que Marta era uma "traidora do povo" e não havia passado no teste "como feminista", pois apoiava o governo "ilegítimo" e "machista" de Michel Temer (MDB).
Ela também criticou Marta por ter deixado o PT no momento "mais trágico da história" do partido e que havia traído a legenda, a esquerda e o povo.
Em 2020, Erundina lamentou que Marta estivesse fazendo campanha para Bruno Covas (PSDB) dentro de um carro adaptado para proteção contra a Covid-19, ideia que já vinha sendo executada por ela no chamado "Cata Voto". A ex-prefeita viu a atitude da ex-senadora como imitação.
Recentemente, Erundina disse que tem dificuldade de compreender a escolha de Lula de pedir que Marta retorne ao PT para ser vice de Boulos.
Como mostrou o Painel, o PT lançou uma operação para tentar convencer Erundina e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a fazer um gesto público de reaproximação de Marta.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se envolver na missão e conversar com ambas. A ideia da ação é reforçar o conceito de frente ampla com que PT e PSOL têm tentado embalar a chapa na capital paulista.
Ao mesmo tempo, a cúpula petista não tem ilusões de que Erundina vá se manifestar favoravelmente a Marta. O objetivo é evitar que ela se manifeste de maneira enfática contra a aliança com a ex-prefeita.
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