O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), convidou a delegada Raquel Gallinati, indicada por ala do PL para ser a sua vice nas eleições, para três eventos desde quinta-feira (22).
Como revelou o Painel, Gallinati foi sugerida ao emedebista pela chamada "ala raiz" do partido, liderada por nomes como o deputado federal Antonio Carlos Rodrigues, coordenador da bancada paulista na Câmara dos Deputados, e o vereador Isac Felix, líder da sigla na Câmara dos Vereadores e presidente do diretório municipal.
Além de delegada, ela também é suplente de deputada estadual pelo PL, diretora da Adepol (associação de delegados de polícia) e ex-presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP).
Nunes convidou Gallinati para inauguração e reuniões na Lapa, zona oeste de São Paulo, para o anúncio do apoio do Avante à sua reeleição e, nesta sexta-feira (23), para almoço na Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil.
No segundo encontro, a delegada esteve com algumas das principais lideranças envolvidas na campanha do emedebista, como Baleia Rossi (presidente do MDB), Gilberto Kassab (PSD), Luis Tibé (Avante) e Paulinho da Força (vice-presidente do Solidariedade).
Também foi na quinta-feira que Guilherme Boulos (PSOL), o principal concorrente do prefeito na eleição deste ano até o momento, fez o primeiro evento de pré-campanha com sua vice, Marta Suplicy (PT).
Eles visitaram uma aldeia indígena, fizeram caminhada pelo comércio local e participaram de uma plenária com a militância em Parelheiros, na zona sul da capital.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu para a vice de Nunes o coronel da reserva Ricardo Mello Araújo, ex-presidente da Ceagesp, nome que não foi recebido com empolgação pela base aliada.
Há o entendimento de aliados do prefeito de que a vice deveria ser uma mulher, para estabelecer contato com o eleitorado feminino, e que Mello Araújo tem uma identificação forte com as posturas mais radicais do bolsonarismo, como o armamentismo.
Principal dirigente do PL em São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues argumentou à coluna que o bolsonarismo e o militarismo têm rejeição em algumas regiões periféricas da capital, especialmente na zona sul.
"Estou falando da patente, não especificamente do coronel, que não conheço. Em 2022, não pudemos entrar em algumas comunidades para fazer campanha para Tarcísio [de Freitas, Republicanos] e Bolsonaro. O 22 [número da legenda] era proibido", disse.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.