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Deputada bolsonarista propõe projeto sem INSS e mínimo por hora a trabalhador de app

Julia Zanatta (PL-SC) diz que intenção é dar segurança jurídica; proposta também cria exceção à obrigação de inscrição de atividade remunerada na carteira de motorista

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Brasília

A deputada Julia Zanatta (PL-SC) protocolou na segunda-feira (4) projeto para regulamentar o trabalho por aplicativo que vai na contramão da proposta apresentada pelo governo para motoristas de apps e mantém a relação entre trabalhadores e empresas praticamente nos moldes da existente hoje.

Ministro Luiz Marinho (Trabalho) durante anúncio do projeto de regulamentação do trabalho por apps
Ministro Luiz Marinho (Trabalho) durante anúncio do projeto de regulamentação do trabalho por apps - Pedro Ladeira/Folhapress

O texto trata de motoristas e entregadores de apps, além do serviço de transporte coletivo. A proposta prevê, por exemplo, que o trabalhador será remunerado "exclusivamente pelo valor aceito pelo prestador em relação a cada incursão" e veda a definição prévia de remuneração mínima diária, semanal ou mensal, sob pena de desenquadramento com a lei, "exceto se convencionado entre as partes para fins de cumprimento de metas, recebimento de adicionais ou outras espécies de beneficiamento ao prestador."

Também estabelece que a relação jurídica entre prestador do serviço e plataforma poderá se dar mediante contrato, desde que não haja jornada fixa ou obrigatória ao trabalhador, nem valor mínimo de remuneração por período determinado.

O texto indica ainda que risco da atividade é de responsabilidade exclusiva do trabalhador quanto aos danos materiais eventuais, e prevê a inexigibilidade de verbas fixas, rescisórias, indenizatórias ou trabalhistas.

A proposta muda o CBT (Código de Trânsito Brasileiro) e cria exceção à regra de inscrição de atividade remunerada na carteira de motorista.

Na justificativa, a deputada afirma que o objetivo é dar segurança jurídica às empresas e aos trabalhadores. "É sabido que nos últimos anos muitas têm sido as ofensivas contra a liberdade de empreender, em especial quanto a tais tipos de serviços, inovadores por natureza, que causam verdadeiras revoluções no dia a dia tanto dos usuários como dos prestadores de serviços."

Na segunda, o governo enviou proposta para motoristas de apps que prevê contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), auxílio-maternidade e pagamento mínimo por hora de trabalho no valor de R$ 32,09.

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