A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do TRF-1 (Tribunal Regional da 1ª Região), determinou o trancamento da ação penal sobre lavagem de dinheiro e organização criminosa contra o lobista Milton Lyra, apontado em investigações como operador do MDB no Senado.
Lyra foi um dos alvos da Operação Rizoma, deflagrada em 2018 para investigar desvios em fundos de pensão estatais, como o Serpro (dos servidores de processamento de dados) e o Postalis (dos servidores dos Correios). A Rizoma foi um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério Público Federal, o esquema envolvia o envio de valores dos fundos para empresas no exterior. Apesar de parecerem regulares, as remessas referiam-se supostamente a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes.
A decisão do TRF-1 estendeu a Lyra os efeitos de julgamento de junho de 2023 da 3ª Turma do tribunal sobre o empresário Arthur Pinheiro Machado.
Ele foi preso na mesma operação com Lyra, o ex-secretário de comunicação do PT Marcelo Sereno e o ex-chefe de gabinete da presidência dos Correios Adeilson Telles, que também foram contemplados pela decisão da desembargadora.
Na avaliação da Justiça, as denúncias contra Machado, Lyra e os demais estavam embasadas somente na delação premiada do empresário Alessandro Laber, que não foi sustentada pelo levantamento de provas por parte do Ministério Público Federa.
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