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Movimento de Beto Richa ao PL irrita aliados de Bolsonaro em Curitiba

Principais nomes da legenda na cidade criticaram possível entrada de tucano no partido; sem anuência do PSDB, Richa voltou atrás

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Curitiba

Os dois pré-candidatos do PL à prefeitura de Curitiba, o deputado estadual Ricardo Arruda e o ex-deputado federal Paulo Martins, disseram ao Painel que foram pegos de surpresa com a possibilidade de filiação do deputado federal Beto Richa (PSDB) ao partido de Bolsonaro. O movimento foi descartado na tarde desta quinta-feira (14) por Richa, após a cúpula nacional do PSDB ameaçar tirar seu mandato, mas, dentro do PL, a possível filiação irritou aliados do ex-presidente.

Ex-governador do Paraná e também ex-prefeito de Curitiba, Richa admitiu a intenção de migrar para o PL e concorrer ao Executivo da capital paranaense durante reunião realizada em Brasília nesta quarta (13) junto com o deputado federal Filipe Barros (PL) e o próprio ex-presidente.

Ainda na quarta, quando a informação sobre a possível chegada do tucano ao PL começou a circular entre os filiados, a reação foi imediata, abrindo uma crise no partido. O presidente do PL em Curitiba, Paulo Martins, chegou a anunciar sua saída do comando local da legenda, recuando nesta quinta.

homem branco discursa
Deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR), pré-candidato à prefeitura de Curitiba nas eleições de 2024 - Divulgação/Alep

Arruda diz ter feito "o flagra", já que na quarta estava em Brasília para uma reunião com Bolsonaro e com Filipe Barros justamente para tratar da sua pré-candidatura. "Eu perguntei para o Filipe Barros se ele estava me traindo com o Beto Richa. Levar bolada nas costas é lamentável", diz Arruda, que afirma ter conversado longamente com o ex-presidente e o convencido de que a nova filiação "seria um absurdo".

"O cara nunca foi de direita, nunca defendeu nenhuma pauta nossa. Tem vídeo dele falando mal do Bolsonaro na pandemia, é aliado do Alckmin", narra Arruda. "E da mesma forma que a gente critica Lula, José Dirceu, Sergio Cabral, pelas absolvições na canetada, Beto Richa foi igual", continua ele, em referência a processos judiciais contra o tucano recentemente encerrados pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ao Painel, Paulo Martins também afirma que Richa "tem a história dele mas não é identificado com o eleitorado da direita" e que a reação negativa "foi muito forte".

"Não sei se o Beto Richa vai ficar ou não, mas agora não me importa mais. Resolvi colocar meu nome de forma incisiva. Antes eu estava ali à disposição do partido, e agora vou brigar por espaço", diz Martins.

O ex-deputado federal ficou em segundo lugar na disputa ao Senado em 2022 e também se coloca como nome natural a uma eventual eleição suplementar, na hipótese de cassação de Sergio Moro (União Brasil-PR), que é alvo de uma ação judicial no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná.

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