Justiça arquiva investigação contra presidente do PSDB baseada em delação de Joesley

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás arquivou um inquérito policial instaurado contra Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB.

A investigação tinha como objetivo apurar supostos crimes de falsidade ideológica eleitoral, associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro pela prática de doações não contabilizadas (caixa dois) da empresa JBS para a campanha do tucano ao governo de Goiás em 2010. Ela surgiu a partir de acordo de colaboração premiada entre o empresário Joesley Batista, da JBS, e a Procuradoria-Geral da República.

Com o arquivamento, o ex-governador não tem mais processos ou investigações contra si.

Na quarta-feira (24), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o trancamento com base no entendimento de que a continuidade de investigações criminais prolongadas sem resultados tangíveis constitui constrangimento ilegal.

Mendes escreveu que o inquérito foi instaurado "há quase cinco anos, assim, o requerente é investigado por fatos praticados, em tese, há mais de 14 anos, sem que a Polícia Federal tenha reunido provas que justifiquem o oferecimento da denúncia".

Diante da ordem do ministro, o juiz eleitoral Alessandro Pereira Pacheco promoveu o arquivamento do inquérito policial.