Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu Folhajus São Paulo

Justiça pede acesso a contrato de naming rights do Mercado Livre no Pacaembu

Parlamentares querem saber os termos do contrato entre concessionária do estádio e empresa de comércio eletrônico

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, solicitou a apresentação do contrato de naming rights do estádio do Pacaembu firmado pela concessionária Allegra Pacaembu e a empresa Mercado Livre, empresa do ramo do comércio eletrônico, em janeiro deste ano.

Segundo divulgado à época de assinatura do contrato, o Mercado Livre pagará cerca R$ 1 bilhão pelo direito de dar nome ao estádio por até 30 anos.

Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, passa por reforma desde 2019
Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, passa por reforma desde 2021 - Eduardo Knapp-19.abr.2024/Folhapress

O vereador Celso Giannazi, o deputado estadual Carlos Giannazi e a deputada federal Luciene Cavalcante, todos do PSOL, acionaram a Justiça pedindo a suspensão do contrato.

Os parlamentares argumentam que a possibilidade de naming rights não estava prevista no contrato de concessão entre prefeitura e concessionária.

No entanto, o documento e a lei que autorizou a concessão determinam que a designação original e o apelido do estádio, Paulo Machado de Carvalho e Pacaembu, devem ser mantidos, e que pode haver exploração de naming rights com acréscimos a esses nomes.

Os psolistas também apontam possível desequilíbrio entre o contrato de concessão entre prefeitura e Allegra, com pagamento de R$ 100 milhões de outorga e previsão de benefícios econômicos totais para a cidade de R$ 656 milhões, e o contrato de naming rights, no valor de R$ 1 bilhão, que será direcionado para a concessionária.

Em março, o magistrado rejeitou o pedido de suspensão do acordo, mas pediu que o contrato fosse apresentado. O Mercado Livre apresentou recurso em que afirmou que o juiz desconsiderou que o contrato tem cláusula de confidencialidade e que, caso apresentado, o documento teria que ser tarjado, pois contém informações comerciais sensíveis.

O vereador Celso Giannazi (PSOL) durante evento na Câmara Municipal de SP
O vereador Celso Giannazi (PSOL) durante evento na Câmara Municipal de SP - Ronny Santos-23.ago.2022/Folhapress

Disse também que o estádio não perderá o nome Paulo Machado de Carvalho, e que, por isso, não há qualquer violação ao que foi acordado por prefeitura e concessionária em 2020.

O Ministério Público de São Paulo pediu também a apresentação do contrato, em apoio aos parlamentares, e disse que, por se tratar de um bem público, "devem prevalecer os princípios de transparência e controle social."

Em nova decisão, nesta quarta-feira (24), o juiz rejeitou o recurso do Mercado Livre e reforçou o pedido para que o contrato seja apresentado, mesmo que em caráter sigiloso e com acesso exclusivo para os envolvidos no processo.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.