Em resposta à carta enviada na semana passada aos deputados estaduais pela Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura, a Secretaria da Cultura do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) confirma redução no orçamento da entidade em cerca de R$ 13 milhões.
A pasta, no entanto, trata a medida como um contingenciamento, e não como um corte. Isso abre a possibilidade, ao menos teoricamente, da recomposição das receitas ao longo do ano.
A fundação afirmou que esses R$ 13 milhões eram utilizados para cobrir gastos com água, luz e telefone. A secretaria destaca, por sua vez, que o valor disponível, de R$ 104 milhões, garante o pagamento de 100% da folha dos servidores da FPA.
Reportagem da Folha mostrou que a TV Cultura, às vésperas de completar 55 anos, vive uma série de crises com o governo Tarcísio e seus aliados.
Publicamente, o discurso é de corte de gastos e aumento de eficiência. Nos bastidores, membros da gestão estadual e parlamentares bolsonaristas se incomodam com a independência da programação da emissora.
Na semana passada, uma CPI que tem a fundação como alvo foi protocolada na Assembleia Legislativa de São Paulo.
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