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Descrição de chapéu Folhajus São Paulo

Nunes decide sancionar lei que acaba com corridas de cavalo no Jockey

Nova lei deve resultar em batalha judicial entre prefeitura e o clube em torno do terreno do hipódromo; em nota, Jockey diz lamentar aprovação da lei e afirma que adotará medidas legais

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Salvador

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decidiu sancionar a lei aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo que proíbe o uso de animais em atividades desportivas que envolvam apostas.

A proibição inclui as corridas de cavalo com apostas, atualmente realizadas pelo tradicional Jockey Clube na capital paulista.

Karime Xavier / Folhapress - 7.mai.2023
Centésima edição do Grande Prêmio de São Paulo de turfe, realizado no Jockey Club de São Paulo, na capital - Karime Xavier/Folhapress

A lei, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (União Brasil), prevê um prazo de 180 dias a partir de sua publicação para que os estabelecimentos encerrem as atividades com animais que envolvam apostas.

Em nota, o Jockey Club de São Paulo lamentou a aprovação da lei e informou que adotará as medidas legais cabíveis para garantir seus direitos e os das famílias que dependem das atividades do hipódromo.

"Além de demonstrar total desconhecimento sobre o esporte, a proposta sinaliza para a população um claro interesse em tentar desconstruir a história centenária do Jockey Club de São Paulo, bem como de abrir espaço para absurda tentativa desapropriar o terreno do Hipódromo de Cidade Jardim para possível especulação imobiliária", afirmou.

A expectativa é que a sanção da lei dê início a uma batalha judicial entre o Jockey e a prefeitura de São Paulo. Isso porque, na prática, a sanção da lei inviabiliza não apenas o funcionamento hipódromo, mas também a manutenção do terreno nas mãos do Jockey Clube.

O terreno no bairro Cidade Jardim foi doado para o Jockey em 1936 pela empresa Companhia City, que atuava no setor de loteamentos. O contrato, contudo, prevê que ele seja utilizado apenas para turfe. Caso contrário, a área deveria ser destinada ao município de São Paulo.

A possível migração do terreno para o município não teria impacto na dívida que o Jockey Clube tem com o município relativas ao pagamento de IPTU (Imposto Predial territorial Urbano).

Autor do projeto, Trípoli comemorou a aprovação. "Eu acredito muito que esse esporte já passou. Nós estamos no século 21. Passou do tempo da gente usar animal para entretenimento humano e principalmente com apostas", declarou.

Nesta quinta-feira (27), o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União Brasil), disse em sessão que poderá pedir ao setor de zoonoses do município que apreenda os cavalos caso o clube insista em realizar corrida neste final de semana. Também afirmou que levará ambientalistas para protestar no local.

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