Painel

Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu São Paulo

Filho de Mário Covas diz que Nunes desrespeita Bruno Covas ao se unir a Bolsonaro

Ex-vereador Mário Covas Neto, que apoia Datena, afirma que prefeito virou marionete da disputa entre Bolsonaro e Lula

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O ex-vereador Mário Covas Neto (PSDB), conhecido como Zuzinha, afirma que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu fazer uma aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em busca de ganho político para se reeleger "na base da polarização". No entanto, ao fazê-lo, o emedebista "vira um marionete do jogo político nacional entre Lula (PT) e Bolsonaro".

Filho do ex-governador Mário Covas, Zuzinha foi cotado para a vice de José Luiz Datena (PSDB), candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, mas o posto acabou ocupado pelo ex-senador José Aníbal (PSDB).

Mário Covas Neto durante debate de campanha para senador
Mário Covas Neto durante debate de campanha para senador - Alexandre Carvalho-26.set.2018/A2ad/Divulgação

Em discurso no sábado (3), durante a convenção do MDB, Nunes exaltou o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem foi vice até 2021, quando morreu o neto de Mário Covas.

O evento teve participação destacada de Bolsonaro, que também foi saudado pelo prefeito no palanque. Tomás Covas, filho de Bruno, participou do evento e discursou em apoio a Nunes.

Zuzinha diz que as referências positivas ao seu sobrinho Bruno da parte de Nunes são naturais e mostram gratidão "a alguém que o escolheu como vice mesmo fazendo parte de uma bancada de dois vereadores na Câmara Municipal".

No entanto, diz, Nunes poderia ter retribuído o gesto "ao menos respeitando a memória do Bruno, que por diversas vezes se posicionou firmemente contra o Bolsonaro".

Segundo o ex-vereador, Nunes "tenta se desvincular do Bolsonaro falando do Bruno, mas aceita o vice imposto por ele". O coronel Ricardo Mello Araújo (PL), vice do emedebista, foi escolhido pelo ex-presidente.

Bruno Covas criticou Bolsonaro diversas vezes ao longo de seu mandato, especialmente em relação ao endosso à ditadura militar e ao negacionismo no combate à pandemia da Covid-19. Após a morte do prefeito tucano, Bolsonaro se referiu a ele como "o outro, que morreu".

"O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã. Esse é o exemplo", disse o então presidente.

Em tratamento de câncer, Covas disse, após críticas que recebeu na ocasião, que, depois de "tantas incertezas sobre a vida", a felicidade de ir com o filho Tomás para o estádio "tomou uma proporção diferente".

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.