Na esteira do decreto de Jair Bolsonaro que flexibiliza as regras do porte de armas, a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), uma das maiores fabricantes de munição do mundo, se movimenta em busca de recursos.
A empresa, alvo de críticas dos filhos do presidente devido à sua posição monopolista, está prestes a fechar um pedido de financiamento de até R$ 100 milhões com o Banco do Brasil. A assembleia de acionistas que discutirá o tema está marcada para o dia 24.
Nome aos bois O deputado Nelson Barbudo (PSL) quer banir nomes vegetarianos como ‘carne de soja’ em embalagens. O setor diz que proibir a nomenclatura é um ataque contra o avanço do mercado e que indústrias incomodadas tentaram o mesmo na Europa.
Diploma Empresas de tecnologia, por meio de associação que representa o setor, se esforçam para evitar a aprovação de um projeto de lei no Senado que exige diploma universitário para profissionais da área, como desenvolvedores e administradores de banco de dados.
Pleito Uma coalizão de empresas de comunicação e marketing protocola nesta sexta (17) uma carta solicitando audiência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O setor quer defender a medida provisória que cria a autoridade de proteção de dados e que caduca caso não seja votada até 3 de junho.
No prazo As empresas defendem que a lei entre em vigor em agosto de 2020 e que a autoridade fique vinculada à Casa Civil.
Nano e pequenas Uma das promessas da Indústria 4.0, a nanotecnologia desperta interesse de 73% das pequenas e médias empresas, diz estudo da CNI (Confederação Nacional das Indústrias). Dos entrevistados, 60% sabem aplicar a tecnologia, útil da confecção de roupas à produção de equipamentos hospitalares.
Na prateleira A impressão de código de barras, uma forma de medir a circulação de diferentes itens na indústria, sobrevive à falta de otimismo na economia. A Associação Brasileira de Automação-GS1, que identifica quando empresas tiram produtos de linha, diz que os cancelamentos foram 22,9% menores na comparação entre março e abril.
Os saudáveis No setor de saúde, a maior parte dos empresários (61%) tem a expectativa de que o país vai ter crescimento médio anual acima de 2% no governo Bolsonaro, segundo enquete da Abraidi (associação de importadores e distribuidores do segmento).
Nos trilhos A rede de supermercados Hirota sai na frente para lançar unidades em metrôs de São Paulo. Pretende inaugurar três até agosto. A empresa quer chegar a cem estabelecimentos em 2021. Forte na comunidade japonesa, a marca tem 36 lojas no estado.
Quem dá mais Empresas de saúde e educação estão de olho no prédio da Força Sindical, na Liberdade, em São Paulo. A venda deriva da crise gerada pelo fim da contribuição sindical obrigatória —regra da reforma trabalhista endossada posteriormente por Jair Bolsonaro.
Quanto? O leilão ocorrerá na sexta (24). O imóvel foi avaliado em R$ 12,4 milhões, e o lance inicial, segundo a organizadora Frazão Leilões, é de R$ 9,9 milhões.
Crise De 2017 a 2018, o montante arrecadado pelo imposto caiu de quase R$ 51 milhões para R$ 4,7 milhões. Com a venda do prédio, os sindicalistas devem comprar ou alugar uma área menor, diz o presidente Miguel Torres. A construção tem 12 andares.
Amarga Não é a primeira vez. O Sindicato dos Comerciários de São Paulo também sentiu o efeito do fim do imposto obrigatório. Em junho de 2018, vendeu um prédio a R$ 10,3 milhões para reforçar o caixa.
Com Paula Soprana e Laísa Dall'Agnol
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