Após sinalização positiva do governo federal para transferir a gestão do Ceagesp ao governo paulista, João Doria ainda não detalhou o novo projeto, mas já encontra ressalvas entre os interessados em assumir a gestão. Uma delas é o prazo de entrega.
Enquanto o governador diz que o entreposto começará a funcionar até o fim de 2020 em uma nova área com apoio da iniciativa privada, as empresas que já manifestaram interesse afirmam que o cronograma não para de pé.
Obstáculo O governo realiza neste momento nova sondagem de mercado. A CPD, uma das interessadas, falou com integrantes da equipe técnica nesta quarta (12). “[Entregar até 2020] depende de qual projeto será escolhido. O nosso não dá. Carece de aprovações ambientais”, diz o presidente da CPD, Mario Silvério.
Independente Um dos mais avançados é o Nesp, que está em fase de licenciamento ambiental e planeja seguir em frente com o entreposto mesmo que não seja escolhida para o novo Ceagesp.
Empolgou “[O governo] foi otimista demais. É um projeto muito grande, mesmo com todas as licenças na mão seria muito difícil de atender esse prazo”, afirma o presidente do consórcio, Sergio Benassi.
Acelera “Já adquirimos o terreno, está 100% quitado. Se o edital for para a rua nos próximos quatro meses, conseguimos implementar não no fim de 2020, mas até o meio de 2021 com certeza”, diz Antonio Conte, presidente do Ceasp.
Ponte aérea Nos últimos dois meses, a Azul habilitou 70 comissários para voar nas aeronaves da companhia. Todos eles são ex-empregados da Avianca Brasil, atualmente em crise e com pagamentos de funcionários atrasados.
Cabine Ao todo, a Azul planeja contratar 245 comissários que pertenciam à Avianca. Outros 111 pilotos que tiveram de deixar o trabalho na ex-concorrente também já foram contratados, mas ainda passam pela etapa de treinamento. A previsão é que sejam absorvidos 360 aeronautas da companhia até dezembro.
Cenário O adesivo “Bora Empreender, Brasil”, do Santander, no alto de prédios próximos ao shopping JK Iguatemi, na marginal Pinheiros, desrespeita a Lei Cidade Limpa, dizem urbanistas. Mas, como não menciona a marca, é difícil tipificar como publicitário.
Colou A peça não passou pela Comissão de Proteção da Paisagem Urbana (CPPU), segundo a prefeitura. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano lembra que qualquer elemento que cause impacto visual na cidade precisa passar por análise da comissão. Em nota, o Santander diz que o adesivo expressa “apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento do país”.
Pé quente Não é a primeira vez que a gigante de cânabis medicinal Canopy Growth marca evento para promover seus negócios, coincidentemente, no mesmo momento em que a legislação local avança. A empresa lançou sua divisão médica no Brasil na quarta (12), um dia após a Anvisa decidir abrir consulta pública.
Coincidência feliz II “A gente brinca que Mark Ware [diretor da Canopy] é um pé de coelho. Quando fez palestra em janeiro, no Peru, o país anunciou que teria nova lei. Ficamos felizes”, diz Jaime Ozi, presidente no Brasil.
Fique claro “Não estamos aqui para discutir o fumo de cânabis como medicação, mas para falar da aplicação medicinal de canabidiol para pessoas com doenças crônicas que não têm tratamento adequado”, enfatizou Ware. Ele assessorou o governo do Canadá no processo de regulamentação.
Voz A Abradin, que reúne acionistas minoritários, entrou com petição para participar das discussões do processo sobre o acordo feito no início do ano entre MPF e Petrobras, que dará destino a recursos da multa fixada nos EUA.
Saída “Queremos costurar solução que preserve a Petrobras e use parte dos recursos provisionados e depositados para ressarcir acionistas que mostrem ter sido lesados por corrupção”, diz Aurélio Valporto, presidente da entidade.
com Igor Utsumi e Paula Soprana
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