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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Prazo de Doria para novo Ceagesp é inviável, segundo interessados

Novo entreposto dificilmente será inaugurado até 2020 como quer o governo, dizem empresas

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São Paulo

Após sinalização positiva do governo federal para transferir a gestão do Ceagesp ao governo paulista, João Doria ainda não detalhou o novo projeto, mas já encontra ressalvas entre os interessados em assumir a gestão. Uma delas é o prazo de entrega.

Enquanto o governador diz que o entreposto começará a funcionar até o fim de 2020 em uma nova área com apoio da iniciativa privada, as empresas que já manifestaram interesse afirmam que o cronograma não para de pé.

Caixotes de verduras no Ceagesp
Governador João Doria planeja levar o atual Ceagesp para uma nova área até 2020 - Rivaldo Gomes - 30.mai.18/Folhapress

Obstáculo O governo realiza neste momento nova sondagem de mercado. A CPD, uma das interessadas, falou com integrantes da equipe técnica nesta quarta (12). “[Entregar até 2020] depende de qual projeto será escolhido. O nosso não dá. Carece de aprovações ambientais”, diz o presidente da CPD, Mario Silvério.

Independente Um dos mais avançados é o Nesp, que está em fase de licenciamento ambiental e planeja seguir em frente com o entreposto mesmo que não seja escolhida para o novo Ceagesp.

Empolgou “[O governo] foi otimista demais. É um projeto muito grande, mesmo com todas as licenças na mão seria muito difícil de atender esse prazo”, afirma o presidente do consórcio, Sergio Benassi.

Acelera “Já adquirimos o terreno, está 100% quitado. Se o edital for para a rua nos próximos quatro meses, conseguimos implementar não no fim de 2020, mas até o meio de 2021 com certeza”, diz Antonio Conte, presidente do Ceasp.

Ponte aérea Nos últimos dois meses, a Azul habilitou 70 comissários para voar nas aeronaves da companhia. Todos eles são ex-empregados da Avianca Brasil, atualmente em crise e com pagamentos de funcionários atrasados.

Cabine Ao todo, a Azul planeja contratar 245 comissários que pertenciam à Avianca. Outros 111 pilotos que tiveram de deixar o trabalho na ex-concorrente também já foram contratados, mas ainda passam pela etapa de treinamento. A previsão é que sejam absorvidos 360 aeronautas da companhia até dezembro.

Foto de turma de Comissários de voo contratados pela Azul Linhas Aéreas que trabalhavam na Avianca Brasil
Comissários de voo contratados pela Azul Linhas Aéreas que trabalhavam na Avianca Brasil - Divulgação

Cenário O adesivo “Bora Empreender, Brasil”, do Santander, no alto de prédios próximos ao shopping JK Iguatemi, na marginal Pinheiros, desrespeita a Lei Cidade Limpa, dizem urbanistas. Mas, como não menciona a marca, é difícil tipificar como publicitário.

Colou A peça não passou pela Comissão de Proteção da Paisagem Urbana (CPPU), segundo a prefeitura. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano lembra que qualquer elemento que cause impacto visual na cidade precisa passar por análise da comissão. Em nota, o Santander diz que o adesivo expressa “apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento do país”.

Adesivo do Santander na marginal Pinheiros, em São Paulo, próximo ao shopping JK Iguatemi. Escrito "Bora Empreender Brasil"
Adesivo do Santander na marginal Pinheiros, em São Paulo, próximo ao shopping JK Iguatemi - Paula Soprana/Folhapress

Pé quente Não é a primeira vez que a gigante de cânabis medicinal Canopy Growth marca evento para promover seus negócios, coincidentemente, no mesmo momento em que a legislação local avança. A empresa lançou sua divisão médica no Brasil na quarta (12), um dia após a Anvisa decidir abrir consulta pública.

Coincidência feliz II  “A gente brinca que Mark Ware [diretor da Canopy] é um pé de coelho. Quando fez palestra em janeiro, no Peru, o país anunciou que teria nova lei. Ficamos felizes”, diz Jaime Ozi, presidente no Brasil.

Fique claro “Não estamos aqui para discutir o fumo de cânabis como medicação, mas para falar da aplicação medicinal de canabidiol para pessoas com doenças crônicas que não têm tratamento adequado”, enfatizou Ware. Ele assessorou o governo do Canadá no processo de regulamentação.

Voz A Abradin, que reúne acionistas minoritários, entrou com petição para participar das discussões do processo sobre o acordo feito no início do ano entre MPF e Petrobras, que dará destino a recursos da multa fixada nos EUA.

Saída “Queremos costurar solução que preserve a Petrobras e use parte dos recursos provisionados e depositados para ressarcir acionistas que mostrem ter sido lesados por corrupção”, diz Aurélio Valporto, presidente da entidade.

com Igor Utsumi e Paula Soprana 

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