Às moscas O anúncio feito pelo governador de São Paulo, João Doria, nesta quarta-feira (18) sobre o fechamento dos shoppings na região metropolitana provocou confusão no setor. Após a fala de Doria, que o mercado a princípio entendeu como uma ordem para o fechamento das portas, os lojistas comemoraram porque as vendas já haviam despencado há dias. Mas o Estado, um pouco depois, mudou a palavra para “recomendação”, gerando insegurança, segundo empresários.
Tosse Lojistas gastaram horas trocando mensagens no Whatsapp se perguntando o que fazer. O receio era o de que, se a medida não fosse obrigatória, os shoppings poderiam multá-los por terem baixado as portas por vontade própria, ainda que com recomendação do governo.
Remédio As dúvidas só se acalmaram mais tarde, quando o prefeito Bruno Covas assinou um decreto vedando o funcionamento do comércio na cidade para atendimento presencial a partir de sexta-feira (20). A medida tem validade até o dia 5 de abril.
Vitrine O fechamento dos shoppings foi recebido com alívio. “Por mim, eu já teria fechado desde a semana passada. A gente estava sem venda, sem faturar. Os shoppings, independentemente da decisão de um governador, já deveriam ter tomado a medida de fechar por conta da epidemia”, diz Andrea Ducca, diretora-geral da Gregory.
Provador “Realmente, não estava vendendo nada. Mas o que me preocupa é o pós. O que será de nós de agora em diante? Agora não tem recursos mais para aluguel, imposto, folha de pagamento”, diz Tito Bessa Junior, dono da TNG.
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com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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