Representantes da indústria siderúrgica pretendem aproveitar encontro que terão com o presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (27) para se defender de críticas feitas por setores como a construção civil, que tem apontado o desabastecimento de insumos como entrave à recuperação da economia.
A taxa de uso da capacidade instalada na siderurgia, que despencou para 42% no início da pandemia do coronavírus, está hoje em 68%, diz o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes. “Há necessidade de reposição de estoques, mas não há desabastecimento no mercado doméstico”, afirma.
Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, as dificuldades com fornecedores de aço e outros insumos foram maiores em setembro e outubro, mas persistem. “As indústrias prometem resolver a situação até o fim do ano, mas precisam regularizar o ritmo”, diz.
Advogados especialistas em recuperação judicial esperam um aumento no volume de processos no início do ano que vem, quando deve entrar em vigor a nova lei sobre o tema. Aprovada pelo Senado na quarta (25), ela espera sanção presidencial.
Para Thomas Felsberg, muitas empresas que conseguiram rolar dívidas durante a pandemia continuam com dificuldades. Fábio Rosas, do escritório Cescon Barrieu, diz que a nova lei dará mais eficácia e celeridade para o processamento dos pedidos.
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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