Executivos de empresas da cadeia de fornecimento dos produtos de saúde usados no combate à pandemia começam a calcular o impacto da CPI da Covid no setor. Alguns já estão em busca de advogados e especialistas para mitigar eventuais danos de imagem que possam surgir no meio do caminho. A avaliação é que a CPI levanta um sinal de alerta para fabricantes estrangeiros em relação ao Brasil, mas, por ora, ninguém vai deixar de fazer negócios com o país por causa dela.
O setor não vê risco de o noticiário afetar o fornecimento de importados porque as multinacionais já têm compliance bem posicionado, mas gera tensão.
Na largada, já foram apresentados requerimentos para que sejam convocados o presidente da Pfizer no Brasil, o presidente da União Química no Brasil —fabricante da vacina russa Sputnik V—, os presidentes do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz e outros.
Eduardo Winston, presidente do Instituto Ética Saúde, fundado há alguns anos na esteira de outra CPI, a da máfia das próteses, afirma que o impacto na confiança sobre o setor eleva o custo de transação, respinga em empresas idôneas e obriga as companhias a instalarem mais camadas de controle, mas, se bem conduzido, pode ser positivo.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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